Você tem dores crônicas que cada hora aparecem em um lugar diferente ou em vários lugares ao mesmo tempo? Esta cansado de ir ao pronto socorro ou passar em vários médicos e receber um analgésico que alivia mas não resolve? Não adianta fazer a mesma coisa e esperar um resultado diferente, concorda? A solução é ir a um médico que se dedique ao estudo das dores crônicas. Esse tipo de médico não é comum nos dias de hoje, onde são comuns consultórios cheios e profissionais trabalhando contra o relógio para faturar via planos de saúde nos quais o trabalho intelectual do médico é subvalorizado.
Há um relativo consenso internacional de que 15 minutos é um bom tempo para uma consulta médica, sendo que na maior parte dos países a média é menor que isso. Ouso afirmar que o doente aí é o sistema. Neste sistema é pouco provável que você consiga resolver o seu problema de dor crônica. Digo isso com propriedade de quem trata de casos há 20 anos e estuda a fundo há 3 anos.
Enquanto eu não parei para estudar mais e para ouvir melhor meus pacientes e, afirmo, ouvir demanda mais do que 15 minutos, não consegui resolver dores crônicas. As causas podem ser inúmeras podendo-se listar problemas locais, hormonais, carências vitamínicas, minerais ou protéicas, efeitos colaterais de medicamentos, doenças desencadeadas pelo uso crônico de medicamentos, males decorrentes do stress e da ansiedade, da privação do sono, depressão, problemas ortopédicos localizados que necessitem de fisioterapia, cirurgias ou aplicações locais, dores referidas por compressão neurológica, por males dos órgãos internos como coração, fígado e rins, doenças sistêmicas como diabetes, reumatismos e outras.
Como podem ver, há de se gostar muito de medicina para estudar e resolver as dores crônicas. Se este for o seu caso, procure por um médico que goste e se dedique ao estudo destas dores. Serão necessários mais de 15 minutos pelo menos nas primeiras consultas e muito provavelmente algumas consultas e retornos para resolver o problema. Os possíveis caminhos e tratamentos têm que ser discutidos com calma e à luz da razão e da razoabilidade, personalizado para cada paciente. A boa notícia é que a maioria dos casos tem solução. A melhora na qualidade de vida é brutal. Saúde!
Nota: este artigo destina-se a informações sobre saúde e possíveis tratamentos de doenças. Ele não deve ser interpretado como superioridade nem exclusividade técnica nem como promessa ou garantia de resultados. Em hipótese alguma substitui a orientação do médico de sua confiança.
Dr. Alexandre Pagotto Pacheco
Ortopedia e Traumatologia
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